terça-feira, 21 de setembro de 2010

Atividades economicas do Nordeste

Agricultura

A cana-de-açúcar é o principal produto agrícola da região, produzido principalmente por Alagoas, seguido por Pernambuco e Paraíba. Também é importante destacar os plantios de algodão (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte), tabaco (Bahia) e caju (Piauí, Paraíba e Ceará), uvas finas, manga, melão, acerola e outros frutos para consumo interno e exportação. Também destaca-se a produção de feijão em Irecê e de soja em Barreiras, Bahia. Nos vales do rio São Francisco (Bahia e Pernambuco) e do Rio Açu (Rio Grande do Norte) existe o cultivo irrigado de frutas para exportação. No sertão predomina a agricultura de subsistência, prejudicada, às vezes, pelas constantes estiagens.

Pecuária

Na região se cria principalmente gado, os maiores rebanhos bovinos estão na Bahia (10.229.459 cabeças), seguido por Maranhão (5.592.007), Ceará (2.105.441), Pernambuco (1.861.570) e Piauí (1.560.552). No sertão os produtores têm muitas vezes prejuízos devido as constantes secas. Também existem criações de caprinos, que são mais resistentes, suínos, ovinos e aves.
As feiras de gado são comuns nas cidades do agreste nordestino, foram estas feiras que deram origem a cidades como Campina Grande, Feira de Santana, Caruaru e outras.

Indústria

É mais forte e diversificada em regiões metropolitanas como a do Recife, a de Salvador e a de Fortaleza. Excetuando as capitais, tem-se a região de Campina Grande no estado da Paraíba.
Destaca-se a produção de aços especiais, produtos eletrônicos, equipamentos para irrigação, barcos, chips, softwares, baterias e produtos petroquímicos, além de produtos de marca com valor agregado, calçados de couro e de lona, tecidos de todos os tipos e sal marinho e indústria automobilística. O pólo gesseiro de Araripina, em Pernambuco, é o mais importante do país, responsável por 95% do gesso consumido no Brasil..

As interferências das atividades economicas

Praticamente todos os elementos da natureza e a própria natureza se transformaram em “recursos”, ou melhor, mercadorias. A água, elemento vital, é denominada “recurso” hídrico. A escassez da água faz com que se procurem formas de “administrá-la” com o “gerenciamento de recursos hídricos”, de “gestão de bacias hidrográficas”, criando-se órgãos administrativos como os comitês de bacias hidrográficas que tentam “organizar” a captação, a distribuição, o uso da água.
Mas as bacias hidrográficas integram a paisagem e não podem ser isoladas sem considerar a localização, características do relevo, de clima, de drenagem, de ocupação sócio-espacial, das atividades econômicas das áreas onde se inserem. Também não é possível considerar que a dinâmica das bacias hidrográficas possa ser definida nos limites administrativos (município, estado, país). Basta lembrar que a bacia amazônica drena mais de um país e que a do São Francisco banha mais de um estado brasileiro.
Além disso, os comitês de bacias hidrográficas não dispõem de instrumentos para analisar ou intervir no processo de ocupação do território. Ocorrem centenas de intervenções pontuais do poder público, da iniciativa privada, desarticuladas entre si e dos comitês. Também não estão integradas com propostas gerais do chamado planejamento sócio-ambiental.

Massas de ar e economia

Massas de ar são parcelas extensas (milhares de quilômetros quadrados de extensão) e espessas na atmosfera, com características próprias em termos de pressão, temperatura e umidade, caracterizadas pela região a qual se originam. O Brasil sofre a influência de cinco massas de ar. São elas: Equatorial Continental, Tropical Continental, Polar Atlântica, Tropical Atlântica e Equatorial Atlântica. O nome da massa de ar representa o lugar em que ela se forma e a partir daí, é possível saber as características da mesma. Por exemplo, uma massa de ar polar será fria, uma massa continental terá maiores chances de ser seca, etc. Devido à rotação da Terra, as massas de ar estão em constantes movimentos. Os deslocamentos dessas massas acontecem de uma área da alta pressão para uma área de baixa pressão, por causa da diferença de temperatura atmosférica, que produz uma diferença de densidade resultando em diferentes pressões.
Esta seção apresenta os principais aspectos relacionados à economia do clima. Um panorama geral sobre impactos e riscos provenientes das mudanças climáticas e projeções sobre o investimento necessário para evitar cenários desastrosos para o meio ambiente e conseqüentemente para a economia mundial podem ser conferidos nas páginas sobre análises econômicas. Em destaque estão o Relatório Stern, considerado até hoje o estudo mais completo sobre os aspectos econômicos do aquecimento global, e o estudo econômico do Secretariado da CQMC. Matérias e artigos opinativos sobre o conteúdo desses estudos podem ser lidos na seção perspectiva crítica.
Crise econômica e climática

Outro ponto importante – e também pouco presente na mídia brasileira – é a relação entre a crise econômica e a crise climática. Quando a crise econômica entra no sistema mundial, a partir de 15 de setembro de 2008, não há um abandono da problemática da crise climática. Pelo contrário, essas duas questões cada vez mais estão relacionadas.

Isso se deve à importância decisiva de alguns líderes do mundo ocidental, que visualizam a conexão entre as duas crises. Gordon Brown, primeiro ministro do Reino Unido e Barack Obama, presidente norte-americano são decisivos neste tipo de dinâmica e na formação de opinião. A estes se somam governos que são menos influentes na formação de opinião pública internacional, como Suíça e Dinamarca. Numa escala de mais centralidade e menos ênfase, temos ainda a França e a Alemanha.

Entretanto, a cobertura da mídia nacional sobre a crise econômica acontece de forma distanciada da cobertura da crise climática. Nós estamos muito atrás na elaboração dessa relação. E não apenas na constatação da relação de causalidade entre as duas crises, mas também na abordagem das formas de se sair delas.

Dá para sair da crise econômica sem mudar a matriz energética global? É possível enfrentar a crise climática com um paradigma diferente daquele que levou à atual crise econômica? Essas são as questões chaves. Não estou falando que sejam questões chaves para minorias, políticos, economistas. Estou falando que já são pontos chaves na grande mídia mundial, o que não se reflete na mídia brasileira.