terça-feira, 20 de abril de 2010

Desmatamento na Amazônia



Um dos principais problemas é o desmatamento ilegal e predatório. Madereiras instalam-se na região para cortar e vender troncos de árvores nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta para ampliação de áreas de cultivo (principalmente de soja). Estes dois problemas preocupam cientistas e ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando em risco a floresta.

Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica. Cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras, para obter amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas para seus países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois lucrando com isso. O grande problema é que o Brasil teria que pagar, futuramente, para utilizar substâncias cujas matérias-primas são originárias do nosso território.

Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará), muitos rios estão sendo contaminados. Os garimpeiros usam o mercúrio no garimpo, substância que está contaminando os rios e peixes da região. Índios que habitam a floresta amazônica também sofrem com a extração de ouro na região, pois a água dos rios e os peixes são importantes para a sobrevivência das tribos.

O que podemos fazer ?

Ao comprar produtos florestais como madeira e papel, exija o selo Conselho de Manejo Florestal (FSC) para ter a garantia que eles provém de florestas manejadas de acordo com critérios rigorosos e não predatórios. O selo verde atesta o uso de técnicas de corte que respeitam os ciclos de regeneração da mata.

Reduzir o consumo de carne em geral também ajuda no combate ao desmatamento. Isso porque muito da produção de soja é utilizada como ração de animais, como aves e porcos. Além de fazer bem à saúde, uma dieta com muitos vegetais é a que menos causa impactos negativos ao meio ambiente. Ao comer menos carne vermelha, por exemplo, o cidadão está contribuindo também no sentido de reduzir a necessidade de abertura de novas áreas de pastagens. Além disso, são economizados 20 mil litros de água tratada envolvida na produção de cada quilo de carne bovina. (AKATU)

Pergunte ao seu açougueiro ou ao supermercado de onde vem a carne que você compra.

Evite consumir produtos feitos com couro animal. Busque alternativas como o couro vegetal (ecológico) feito a partir da extração do látex.
Reduza o consumo de papel. Prefira papel reciclado.
Elimine o desperdício de alimentos para que a fronteira agrícola não avance ainda mais em direção às florestas nativas.
Comerciantes não devem comprar madeira ilegal, sem o documento de origem florestal.
Grande parte da madeira extraída ilegalmente é vendida em lojas e depósitos de material de construção. Preste atenção na hora de construir ou reformar sua casa.
Só compre móveis duráveis e conserve-os bem.

Não compre orquídeas, bromélias, xaxins e palmitos sem certificado de origem. São espécies ameaçadas de extinção e só podem ser vendidas se forem cultivadas com essa finalidade.
O palmito Juçara, encontrado na Mata Atlântica vem sendo explorado de forma predatória. A sua palmeira está em extinção.
Evite comprar palmito in natura, principalmente os vendidos na beira de estradas.
Recuse palmito em conserva que não tenha registros do Ministério da Saúde ou do Ibama. Não arrisque sua saúde. O botulismo é uma intoxicação alimentar provocada pela consumo de palmito produzido sem condições de higiene necessárias. Combata o palmito clandestino
O juçara morre após a extração do palmito. A pupunha e o açaí, originários da Floresta Amazônica, se regeneram após o corte.
Não compre imóveis dentro de áreas protegidas da Mata Atlântica.

A sociedade civil organizada pode cobrar do governo a intensificação de esforços como por exemplo :
- aumentar a verba para a fiscalização da ocupação ilegal de terras (maiores investimentos para garantir uma presença mais efetiva na Amazônia : Ibama, Polícia Federal e Exército principalmente ao longo das estradas clandestinas e áreas críticas detectadas por satélite);
- combater a exploração predatória de madeira (punição dos infratores incluindo servidores corruptos, apreensão de equipamentos);
- organizar o caos fundiário da região e conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a proteção do meio ambiente;
- estancar o avanço de novos pastos sobre as florestas da região;
- fiscalizar e exigir o respeito às leis florestais e a recomposição da vegetação nativa por quem desmatou indevidamente;
- proteger os direitos e as terras dos índios;
- criar unidades de conservação principalmente onde há ameaça de expansão predatória.